quarta-feira, 29 de maio de 2013

Mia Couto, o poeta que escreve histórias....

Fiquei deveras feliz quando soube da atribuição do Prémio Camões 2013 a Mia Couto. Como quase toda a gente que o lê, creio que a sua marca vê-se no timbre da criação de novos termos, essencialmente na forma de prefixar palavras e dourá-las com aprazíveis e bem sonantes rendilhados. Aproveitando-se da incipiente linguagem dum povo que esteve cerca de quinhentos anos colonizado, mas nem português lhe ensinaram, foi-se servindo duma terminologia de iniciados, quase crioula, com adaptações que mostram uma sonoridade musical e inegável significância.