quinta-feira, 6 de junho de 2013

Calar é muito difícil. Boicotemos o pão em massa, construa-se uma confraria.


PASSOS COELHO...

Não pode, não deve, produzir afirmações que indignam e ofendem muitas pessoas, em particular, as que são atropeladas pelas políticas que subscreve e impõe.


Ainda há bem pouco tempo ouvi de uma boca sabedora que as padarias tendem a desaparecer. Fecham uma a uma devagar e levam para bem longe os cheiros a farinha a pão e a bolos, como se transportassem um bem menos precioso. Ora as padarias são mais ou menos como a sopa, não deveriam desaparecer nunca, sob pena de deixarem os Portugueses afogados em pães de forma sensaborões ou em pãezinhos de mistura sem sal. Bem sei que andamos com pressa. Bem sei que os fornos da Jerónimo Martins cozem duzentas carcaças pré congeladas e armadas a fermento enquanto o diabo esfrega um olho, que é mais ou menos o mesmo do que dizer enquanto a porta da fornada se abre e se fecha. Sei também que os bolos de ferradura embalados à pressão são quase iguais aos que a minha avó amassava horas esquecidas ...mas a verdade é que os quase são o que distancia o óptimo do satisfatório, coisa que convenhamos, é um afastamento enorme. Acabemos com isto, ocorre-me dizer. Boicotemos o pão em massa, construa-se uma confraria.