sábado, 8 de junho de 2013

Cansam-me por vezes os discursos que apregoam liberdades que o tempo comeu e gostou.

Cansam-me por vezes os discursos que apregoam liberdades que o tempo  comeu e gostou.
O adulto já não sabe o tempo que não corre, a vida que não passa, a felicidade que não acaba e os caminhos de portas abertas sem fim que não fecham nem nos ventos mais ventosos do dia e da noite. A ignorância fundamentada da adolescência, não me venham com coisas, é um lugar bom para se morar. Deixa de ser quando perde a graça e o sentido e quando o saber começa a substanciar os passos e as direcções, quando começamos mesmo a conhecer qualquer coisa da vida, muito mais real do que a anterior (?). A partir desse dia não há volta a dar, que o conhecimento é irreversível. E a liberdade real, morreu.





 A indiferença, o umbigo, a vidinha, a futilidade, os prazeres são incomportáveis a tempo inteiro. Significam que as pessoas nunca se comprometem, nunca são solidárias e nunca se preocupam com as questões sociais e humanas. Tristes também serão os que, embalados pela crítica constante, ou pelo contínuo pessimismo descrente, ou pelas incessantes preocupações com as causas, ainda que estas façam todo o sentido. E tristes, porque vazios, aqueles que não se envolvem, que não tomam parte, que calam, que dissimulam.