domingo, 9 de junho de 2013

O cansaço – Um discurso onde a dialéctica da angústia há muito embaciou à retórica da esperança.

Chove, no Bom-Velho de Cima; não uma chuva oblíqua que permite o sonho, mas uma chuva miúda que trai a esperança. Numa outra Europa, a chuva inunda os campos e as cidades, de uma forma incomum. Enquanto houver Europas várias, não serão as chuvas a determinarem as diferenças.

"os holocaustos tornaram-se palavras sobre palavras, os mortos
desapareceram sob a voz pausada que os disseca, ou melhor,
só temos a memória de uma memória, o cais onde despontam
ervas, os turistas a sorrir encostados ao portão, a sordidez de
um deus, e o ruído dos autocarros carregados de crianças que
arquivaram uma estranha fábula"


Portugal não é uma empresa. Este país orgulhosamente antigo, não pode ser representado por alguém que usa o mesmo título dos Srs. Espírito Santo Salgado, Américo Amorim, Balsemão, Belmiro de Azevedo e afins.