sexta-feira, 21 de junho de 2013

"Viver é um rasgar-se e remendar-se." Um paraíso mundial para os humoristas...

O verão está longe de dar de si, caramba, virá lá para não sei quando? Os lenços, olhem, chegavam-me usualmente para que os ombros permanecessem alinhados e sem timidez de maior. Não deveria haver verão suficientemente afoito para me negar prazer igual, é pelo descuido da seda, é sempre pelo descuido da seda, que usualmente me embrulha nas tardes amenas e que me sabe a chocolate aveludado. Se bem me lembro, só se bem me lembro.
Não me custa nada admitir dois ou três defeitos. Vá lá, pronto, meia dúzia. Um deles, dou de barato, é a ingenuidade, a qual alguns dissabores já me tem dado. Pronto, nasci ingénua como Sancho Pança nasceu bronco, e assim hei-de morrer.
Eu às vezes leio livros mas não sei muito bem para quê. Não digo isto por achar que tenham na minha cabeça o mesmo efeito que tiveram na de Quixote: secar o cérebro. Ao contrário dos pés, sobretudo no Verão, não sinto o cérebro seco, pelo menos por enquanto. Nem seco nem molhado. É mais nublado... 

                                      
O eterno "amanhã" da visão política utópica transformou-se, por assim dizer, no amanhã, incerto, injusto, desigual, corrupto....                                                                                            
 Sonhar e utopizar é assim um bocadinho como os milagres...ficam as  chatices da experiência...Mas que chatices! E humores!!!...
 Lá cantava o Zeca Afonso: "Eles comem tudo e não deixam nada!" Este país arrisca-se a tornar o paraíso mundial para os humoristas.