O Presidente da República olhou para o espelho enquanto escrevia o discurso e acrescentou:
Existe em Portugal um ciclo vicioso.
Nunca tenho dúvidas e raramente me engano.
O resto da alocução, sem novidade, já conhecem. Um desperdício de tempo caríssimo.
Eu submeto-me ao vexame e à vergonha de ouvir o Cavaco, o Rangel, o Catroga, o Passos, a Marilú, até o Gaspar e o mesmo Relvas, o Portas, o Melo, os banqueiros, as sanguessugas, os parasitas, a horda de jornalistas e comentadores avençados que põem a mãe em praça, eu submeto-me à tristeza de ouvir o próprio Seguro e os aventureiros profissionais, eu submeto-me. Desde que não venham impedir-me de chamar a todos um bando de filhos da puta, de que os portugueses fariam bem em proteger-se...