É verdade que ser o MEC a decidir administrativamente o número de turmas a funcionar é pouco compatível com a retórica sobre a autonomia das escolas e agrupamentos mas muito coerente com a prática arrogante do MEC e da sua política assente na diminuição de professores e muito provavelmente no criar de algumas oportunidades de negócio a alguns estabelecimentos de ensino particular.
A consequência da aplicação do despacho que chegou às escolas e agrupamentos é a diminuição significativa do número de turmas a funcionar no próximo ano.
Como vai sendo habitual o Ministro Nuno Crato já veio dizer que existe alguma precipitação na interpretação do despacho, claro, a iliteracia dos responsáveis pelas escolas não permite mais, que é apenas uma proposta e que ainda não está fechada, lembremos os discursos sobre a mobilidade especial dos professores, e que "nenhum aluno ficará sem turma" restando saber que turma, em que escola e com que dimensão.