terça-feira, 17 de setembro de 2013

Ironias, a revolução continua já o Salazar dizia...(A parábola do filho pródigo).

A parábola do filho pródigo vem recordar-nos que a atual direita política, com a sua ideologia ultra liberal, cortou qualquer amarra - a não ser para efeitos de guerrilha política e de propaganda - com o cristianismo. Por muito que os seus membros batam com a mão no peito, frequentem a confissão e não faltem à missa, a sua orientação política é radicalmente anti-cristã. 

O capitalismo sobrevive forçando a maioria que explora a
definir os seus próprios interesses com a maior mesquinhez possível.

 As Igrejas cristãs, nomeadamente a ICAR , não parecem dispostas a demarcar-se dessa crueldade social, apesar de alguns fogachos.
A aposta na destruição desse Estado Social levada a cabo pela direita liberal é a prova clara que o cristianismo há muito deixou de a interessar. E quando o usa é apenas de uma forma instrumental, para enganar os cidadãos eleitores ainda crentes. O processo de destruição dos sistemas de saúde, educação e proteção social a que estamos à assistir na Europa é o sinal do corte radical que as elites europeias estão a fazer com um dos pilares da cultura e tradição ocidentais, o cristianismo. Hoje não há lugar para os filhos pródigos. Mas os filhos pródigos não são aqueles que dissipam os bens, que vivem acima das suas possibilidades? Sim. Mas para a ideologia triunfante, com exceção dos muito ricos, qualquer um vive, por miserável que seja, acima das suas possibilidades. Qualquer um é um filho pródigo e não há pai algum que o deva receber. Que emigre, que desapareça, que vá morrer longe. Para que é necessário um Estado Social?