terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Rotinas/hábitos...

O hábito é um refúgio no qual repousamos a caminho de casa, quando sabemos que lá dentro nos espera o sempre igual. O inesperado adocica qualquer coisa a rotina que nos suporta, não fosse ele e o tédio faria com que a matemática tomasse conta de nós, cruzes canhoto. Ainda assim não descolamos da importância que a segurança tem para a nossa identidade, e quantas vezes não redimensionamos o universo só porque fora de nós surge uma outra realidade? Pela minha parte preciso assumidamente de quotidianos, como uma janela quase aberta de manhã, um perfume de flores na Primavera, um bâton forte  no Inverno, um vestido leve no Verão.
Não me consigo descolar do que me faz sentir em casa, desligar do que ambiciono, não imagino a corrida presente sem ponto de partida e pontos de chegada, locais que podem até mudar por forças anímicas do mundo, mas que serão sempre aqueles que eu quero. 
Eu gostava muito de saber viver só com o agora. Confesso que às vezes tento ... mas não consigo!
O passado são fantasmas, uns bons e outros maus, e o futuro muitas vezes são desilusões!