terça-feira, 11 de março de 2014

Os mais perigosos dos nossos preconceitos imperam em nós próprios contra nós próprios.(coisas de integridade)...


"Integridade vem do latim integritate, significa a qualidade de alguém ou algo ser íntegro, de conduta recta, pessoa de honra, ética, educada, brioso, pundonoroso , cuja natureza de acção nos dá uma imagem de inocência (...) o que é íntegro é justo e perfeito, é puro de alma e de espírito.

A integridade é a característica que mais prezo em quem me rodeia. Faz-me tolerar outros defeitos porque alguém que tenha, por exemplo, mau feitio, mas cuja palavra valha ouro e seja leal merece sempre a minha estima.
 A integridade implica, por vezes, colocar a honra acima dos afetos; não ser cúmplice de comportamentos menos dignificantes ou injustos; não engolir sapos dolorosos, por muito que a alternativa seja pior, em nome de nos olharmos ao espelho pela manhã, de consciência limpa. Há princípios que não se vendem nem se trocam: nem por fama, nem por dinheiro, nem por amor, nem por alegria, nem para deixar de sofrer, ou para sofrer um bocadinho menos. 
 Ser íntegro pode custar amizades, amores, benefícios, vantagens. 
E tem uma característica aborrecida: vem de berço, absorve-se de pequenino e ganhá-la em adulto - ou querer livrar-se dela depois de a ter aprendido - é muito difícil. Com tantas qualidades fora de moda a sobrar por aí, a mim logo tinha de me calhar a integridade - e a mania de exigir integridade aos outros. Sorte macaca.